115 º Passeio Pedestre Novembro 2010

À volta do Casal das Freiras
28 de Novembro de 2010



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SANTA CATARINA
A povoação foi uma das 14 vilas dos Coutos de Alcobaça, até à extinção da Ordem de Cister, em 1834.
Recebeu carta de foral do Abade de Alcobaça em 1307, confirmado pelo foral do rei D. Manuel, em 1518.
Teve forca e pelourinho, sinais de justiça própria.
O concelho incluía as terras que se estendem ao longo dos dois vales dos afluentes do Rio de Alfeizerão: Santa Catarina num e Carvalhal Benfeito noutro.
Com a reforma administrativa de meados do século XIX, o concelho foi extinto e foram constituídas as duas freguesias que passaram a integrar o concelho das Caldas da Rainha.
Santa Catarina possui elementos arquitectónicos que atestam a sua história:
- A igreja matriz, com grande torre barroca, que nos remete para os tempos áureos do século XVIII e capela interior manuelina, reveladora de outra época de riquezas: o século XVI.
- O pelourinho, que permanece erecto no largo lateral da igreja, talvez não muito longe da casa da câmara, já desaparecida;
- A casa senhorial, do século XVII, reveladora da importância da riqueza produzida nesta terras;
- As ruínas do castro no Cabeço do Castelo, que atestam o interesse que desde tempos pré-históricos as comunidades humanas manifestaram por esta pródiga região.


CASAL DAS FREIRAS
Situada nas colinas da vertente nascente do vale que, começando a norte de Santa Catarina, se estende para sul, até se encontrar com os outros 2 vales paralelos (o de Carvalhal Benfeito a nascente e o de Vimeiro a poente) e cujos ribeiros se juntam, formando o rio de Alfeizerão, que corre então para oeste, em direcção ao vale tifónico e à baía de S. Martinho do Porto, a pequena povoação estende-se pelo topo das colinas e beneficia das belíssimas paisagens que os vales profundos e frescos pintam de variados tons de verde.
São pouco mais de duas ruas que seguem o serpentear e o sobe e desce das cumeeiras e onde se arrumam as casas discretas e acolhedoras.
Diz-se que aqui viveram duas freiras refugiadas de uma qualquer guerra luso-castelhana e por aqui ficaram, beneficiando do sossego e do retiro do lugar.
Fosse por isso, ou porque apenas foram proprietárias de algumas casas e terrenos, o que é certo é que, mesmo involuntariamente, determinaram a denominação do lugar.
E esta denominação acrescenta uma mística que assenta muito bem nestes lugares calmos e distantes do bulício, onde se reconhecem os sons e o silêncio da natureza e onde apetece ficar a ver e a ouvir o nada e o tudo que os diferentes momentos do dia proporcionam.

ENCOSTA DAS FREIRAS
Escolheu a sua denominação da toponímia e da sua localização geográfica: no Casal das Freiras, na encosta da vertente sul da colina.
É uma antiga quinta que foi recuperada e adaptada a local de eventos: A casa principal com seis quartos; a vacaria transformada em salão e acrescentada com cozinha; a piscina construída a seguir; a churrasqueira e o forno junto ao poço, e todo o espaço coberto por um grande telheiro e com vidros a aconchegar o lugar que nos espera na grande mesa; ainda o terreiro calcetado e o alpendre com arcadas ao fundo.
Tudo virado a nascente, para o vale que vai descendo em socalcos verdes até ao ribeiro ao fundo e volta a subir pela outra encosta arborizada.
Descendo as escadas para o patamar relvado a seguir, acede-se por cancelas de madeira ao patamar seguinte onde borbulha o repuxo no pequeno lago povoado de rãs e nenúfares, emoldurado por papiros do Egipto e bambus num cenário verde de relva. O cenário aquático repete-se noutro patamar, mas desta vez em ambiente de lajes espalhadas pelo verde fresco de musgo. E, pelas cancelas de madeira, desce-se para o patamar com as velhas laranjeiras, em ambiente de horta.
Depois de uma belíssima refeição em ambiente de festa, que melhor do que a paz na natureza da Encosta das Freiras?




Organização: GRUPO DE CAMINHEIROS DOS PIMPÕES e
CASA da CULTURA José Bento da Silva (S. Martinho do Porto)
Colaboração do Srº José Henriques da Quinta da Encosta das Freiras