Passeio Natalício

Trás do Outeiro – Óbidos 16 de Dezembro de 2012 

Almoço de Natal

 Organização – GRUPO DE CAMINHEIROS DOS PIMPÕES e Casa da Cultura José Bento da Silva (S. Martinho do Porto)

138º Passeio pedestre Novembro 2012 Carvalhal do Bom Jesus – Bombarral

Carvalhal do Bom Jesus –Bombarral  / 25 de Novembro2012

Percurso: Circular, com partida do santuário do Carvalhal do Bom Jesus. Lá, visita-se a igreja de S.Pedro de Finisterra. Sai-se do recinto para norte, percorre-se zona de vinhedos e vivendas isoladas, entra-se na aldeia do Carvalhal, no seu núcleo histórico, passa-se pela torre medieval, visita-se a capela do Santissimo Sacramento, continua-se para norte paralelos à ribeira, sobe-se em direção à aldeia do “Salgueiro” e espraia- se o olhar sobre extensa vista panorâmica.
 Aproximação ao “Bom Vento”, inflete-se para poente em direção a “Barro de Lobo” para depois virar-se para sul em direção ao “Rossio do Carvalhal”. Continua-se para sul em vale encaixado ao longo de ribeira sob floresta frondosa. Retorna-se ao Carvalhal visitando a capela do Socorro para por fim terminar no santuário.



Organização – Grupo de caminheiros dos PIMPÕES parceria com Casa da Cultura José Bento da Silva de São Martinho

137 º Passeio Pedestre Outubro 2012 - Vestiaria MIRADOURO DE ALCOBAÇA

PASSEIO PEDESTRE Vestiaria MIRADOURO DE ALCOBAÇA

DOMINGO, 28/OUT/2012

PERCURSO A PARTIR DA JUNTA DE FREGUESIA DA VESTIARIA, PELA RUA LUIS DE CAMÕES, RUA DO VALE NOVO E RUA DAS BARRADAS, DE VOLTA Á RUA PRINCIPAL E À JUNTA DE FREGUESIA. DEPOIS, PELA RUA ENG. J. NATIVIDADE, RUA JOAQUIM P. ASSUNÇÃO, PARQUE DE MERENDAS E RUA JOAQUIM F. SOUSA. DESCE-SE ENTÃO PARA A ALICEIRA, DANDO A VOLTA AO LUGAR E DESCENDO AO LONGO DA QUINTA DE N. SRA. DE LOURDES, ATÉ ÀS RUINAS DO CASTELO DE ALCOBAÇA. VOLTA-SE DEPOIS A SUBIR PELA RUA DO SOUTO E PELA QUINTA DO SIDRAL, ATÉ À IGREJA DE N. SRA. DA AJUDA E DE VOLTA Á JUNTA DE FREGUESIA.

136º Passeio pedestre Setembro 2012

Das Gaeiras a Brancos – 30 de Setembro de 2012 

 

Eburobrittium
 Esta cidade está referida na obra do escritor romano Plínio-o-Velho, que viveu no século I, onde citava as cidades romanas na costa atlântica da Península Ibérica e situava-a entre Olisipo (Lisboa) e Collipo (Leiria). Contudo, por falta de mais elementos e com o desaparecimento das suas ruínas, os historiadores não sabiam onde se situava e defenderam a sua localização de acordo com os vestígios romanos que surgiam na região. Assim, foram referidos locais prováveis em Amoreira, Alfeizerão, Évora de Alcobaça, Pataias e Parreitas (Bárrio).

 Em 1994, com as obras da A8 e do IP6, foram postos a descoberto algumas estruturas romanas, que, estudadas, revelaram pertencer a uma cidade romana, mas, por paradoxo, estavam também já cobertas pelas terras do talude a maior parte das restantes ruinas da cidade, que continuam sob aquelas novas autoestradas, impedindo a sua total escavação. Embora desconhecidas durante séculos, as ruínas, eram, de facto, conhecidas na idade média, pois com os seus materiais teria sido construída a Quinta da Flores, onde, nos fins do século XV se estabeleceu a rainha D. Leonor de Lencastre após a morte de seu filho - o que se confirma pela identificação de construções medievais no perímetro das ruínas romanas - e, mesmo a atual Quinta das Janelas (em cuja propriedade se encontram as ruinas) também terá usado muitos dos materiais da cidade romana, como prova o elevado grau de destruição dos seus edifícios em altura. Esta era uma cidade aberta, construída provavelmente no séc. I, que possuiria porto de mar, pois o braço de mar que era a Lagoa de Óbidos chegava até aqui e entrava pelo vale do Arnóia.

Possuía nascentes termais (que ainda existem nas proximidades) e nas escavações chefiadas pelo Prof. Beleza Moreira, foram identificados o fórum com as suas zonas comercial (tabernae), administrativa (basílica) e religiosa (templo) - embora este se encontre ainda sob o talude da autoestrada - bem como parte das termas, sendo apenas visível a zona quente com piscina circular (lacónium), sala de banheiras e sala de descanso.

 De todo o conjunto, são as termas que exibem mais materiais, nomeadamente no tanque circular e na parede exterior, o que denota a grande qualidade estética da construção. Para além de mais 10 estruturas romanas, refira-se a parte visível da cloaca, construção sólida que conduzia os esgotos para fora da cidade. Das estruturas medievais identificadas sobressai a mina, que recolhia as águas das nascentes e as conduzia à zona das habitações. Num morro calcário a sudoeste da cidade erguia-se a torre de vigia, o oppidum de Eburobrittium, que controlava a navegação que vinha do lado do mar.

Com a queda do império romano no séc. V, as populações abandonaram a cidade, fugindo dos ataques dos bárbaros e refugiaram-se no oppidum, acabando por fundar aí a povoação que assumiu, para sempre, o nome do oppidum, esquecendo-se o nome da cidade a que pertencia. A cidade estava ligada por estrada romana a Olisipo e a Collipo (existe marco miliário da via romana encontrado em Alfeizerão), bem como a Scallabis (Santarém) - desenvolvendo-se esta via ao longo do vale do Arnóia – e, por sua vez a Emerita Augusta (Mérida) capital da então Lusitânia.

Foi sede de civitas denominada Municipium Flavium Eburobrittium e o seu território confinava com as civitas de Olisipo, Collipo e Scallabis.

 Bibliografia: www.portugalromano.com; Óbidos Casa das Rainhas – texto de Carlos Orlando Rodrigues- Nov. 2001;

 Organização – Grupo de caminheiros dos PIMPÕES parceria com Casa da Cultura José Bento da Silva de São Martinho

135º Passeio Pedestre "Passeio ao Nascer do Sol"

“ Passeio ao Nascer do Sol ” Serra dos Candeeiros 23 de Setembro de 2012

Organização – GRUPO DE CAMINHEIROS DOS PIMPÕES Participação da Casa da Cultura José Bento da Silva e Parceria com a Associação da Cabeça Veada

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134º Passeio Pedestre "Passeio Nocturno ao Luar " Foz do Arelho

“ Passeio Nocturno ao Luar ” Foz do Arelho 25 de Agosto de 2012

 Organização – GRUPO DE CAMINHEIROS DOS PIMPÕES

Participação da Casa da Cultura José Bento da Silva e Parceria com o Centro Social e Recreativo da Foz do Arelho

133º Passeio Pedestre Julho 2012

 S. Martinho do Porto ALCOBAÇA / DOMINGO 29 Julho  2012


PERCURSO A PARTIR DO MIRADOURO DO ANTIGO ADRO EM DIRECÇÃO AO VALE DO PARAISO, PELO ARCO DA TORRE DA IGREJA E PELA RUA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS, PASSANDO SOB O VIADUTO, ATRAVESSANDO A LINHA DO CAMINHO DE FERRO, PELOS BREJOS E PELOS CAMPOS, ENTRANDO EM VALE DO PARAISO PELA ESTRADA ASFALTADA, ATÉ AO CLUBE REACREATIVO E À CAPELA. DEPOIS, PELA RUA DAS FLORES E PELO CAMINHO DA ESPIGA, ATÉ À QUINTA NOVA ESPERANÇA, ONDE VISITAREMOS OS POMARES E PORMENORES DOS CAMPOS E DA ANTIGA LAGOA DE ALFEIZERÃO. REGRESSO PELA URBANIZAÇÃO FLORESTA, EM S. MARTINHO DO PORTO.

132º Passeio pedestre Junho 2012

Moita – Alvorinha 24 de Junho de 2012 


Percurso: Circular, com partida frente à capela da “Moita”. Toma-se um café na Associação local, visita-se a capela, depois desce-se no sentido norte para a ribeira, inflete-se para poente acompanhando a linha de água ao longo de terrenos de várzea. Subimos então para a “Malasia”, continuamos para a “Cabeleira”, continuando para sul embrenhamo-nos na “Francesa” e chegaremos ao “Casal do Chiote”. Aqui infletimos para norte e subimos até ao “Casal Velho”, rodeamos e virando para poente alcançaremos novamente a aldeia da “ Moita”. Atravessaremos florestas, vinhas, pomares e pequenas hortas e não faltarão paisagens panorâmicas para todos os pontos cardeais.

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Caminhada extraordinária Junho 2012

Pelo Vale das Cesaredas – 10 de Junho de 2012

 Percurso: trata-se de um percurso marcado e que atravessa 5 freguesias da Lourinhã. É circular, ligando as seguintes povoações:
Reguengo Grande, S. Bartolomeu dos Galegos, Pena Seca e Cesaredas

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131º Passeio Pedestre Maio 2012

Cela Velha ALCOBAÇA DOMINGO, 27 de Maio 2012  

PERCURSO A PARTIR DO LARGO DA ESTAÇÃO (PRAÇA GENERAL HUMBERTO DELGADO) EM DIRECÇÃO AO MEMORIAL DO GENERAL SEM MEDO, DEPOIS PARA A QUINTA DA CELA VELHA E, VOLTANDO A DESCER, PELA QUINTA DO MEIO (PASSANDO PRIMEIRO PELA MOINHO DE ÁGUA) E SUBINDO ATÉ AO CASAL DE ALÉM DO PORTO. DESCE-SE DEPOIS PARA OS CAMPOS DA CELA, PASSANDO NO VIADUTO SOBRE A A8 E REGRESSANDO AO LARGO DA ESTAÇÃO.
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130º Passeio Pedestre Abril 2012

Verde de Matos – 29 de Abril de 2012 Desta vez, no próximo Domingo dia 29 de Abril, vamos caminhar na freguesia de A dos Francos, concelho de Caldas da Rainha.

Iremos passar nas seguintes localidades: Casais de Sta Helena, Carreiros, Salgueirinha, Casal Sobreiro, Vila Verde de Matos e Broeiras

No dia 29 de Abril, último domingo do mês,
 o grupo de caminheiros dos Pimpões, em parceria com casa da cultura José Bento da Silva e da ACRD dos Casais de Santa Helena, realizou mais uma das suas interessantes caminhadas, circular como as anteriores, pela freguesia de A dos Francos, concelho de Caldas da Rainha. Acompanhados por um Sol envergonhado, que espreitava por entre nuvens carregadas de água cristalina, o grupo, formado por cerca de meia centena de pessoas jovens e sorridentes, passou pelas seguintes localidades: Casais de Sta. Helena, Carreiros, Casal Sobreiro, Broeiras, Vila Verde de Matos e Salgueirinha.

 O trajeto, na sua maior parte em territórios das Caldas,
foi charneira com outros três concelhos, Óbidos, Bombarral e Cadaval e dois distritos, Leiria e Lisboa. As vistas foram coloridas, perfumadas e brilhantes por entre encantadoras paisagens, formadas por campos de cereais, hortas, vinhedos, pomares diversos e floresta autótone. Região com grande intensidade orográfica, o relevo foi uma presença constante e o declive algo acentuado. Nos caminhos enviesados, outrora, circulavam mercadorias, notícias, sonhos e fantasias. Os carreiros aproximavam a vizinhança, abreviavam as distâncias e davam cobertura às fugas mais rápidas para abreviar.

A história de A-dos-Francos, segundo a tradição, remonta até à época de D. Afonso Henriques, por volta do ano 1147, séc. XII, tendo, estas terras, sido doadas, como comenda, aos Cruzados Francos, pelo primeiro Monarca Português, devido à ajuda prestada nas conquistas contra os Mouros.

 No princípio do séc. XIX, em 1807, as tropas napoleónicas, na primeira invasão francesa comandada por Junot, ocuparam estes concelhos resultando daí que, uma das famílias de apelido Ginós, do lugar de Vila Verde de Matos, parece ter tido a sua ascendência num dos soldados de Junot.

Em 1834, a freguesia de A-dos-Francos, depois ter pertencido à Casa das Senhoras Rainhas de Óbidos, foi anexada à Vila das Caldas. (Durante o presente ano 2012, estão a ser comemorados os 500 anos do Compromisso da Rainha, documento que assinou em 1512 e que apresenta um conjunto de princípios regulamentadores, base da assistência social, na Idade Moderna. Nele se espelham os desejos e intenções da Rainha relativamente à organização e gestão hospitalar).

 Entre os lugares com história, destacamos os Carreiros, sítio de passagem da estrada Real, como ainda hoje é testemunho a típica estação da mala-posta, edificada entre 1855 e 1856, com a estrutura de planta em U e inaugurada numa fase da expansão dos correios, em Portugal. Estas estações de muda de cavalos apresentavam uma maior unidade arquitetónica e dispunham de melhores condições para receber os viajantes que pretendiam cear e pernoitar. Situado na estrada antiga Lisboa - Caldas da Rainha, o imóvel apesar de estar classificado de interesse público, através do decreto lei 129/77, de 29-09-1977, encontra-se na posse de particulares, por ter sido vendido, em hasta pública pela Junta Autónoma das Estradas (aos Sr. José Tavares que nos transmitiu algumas vivências do passado “com uma porrada de anos”, e Sr. Salvador, o proprietário que gentilmente nos abriu as portas da “estação” e nos acompanhou em parte do passeio e almoço, os nossos agradecimentos).

 Em 1835 foi projetada uma nova estrada em que se adaptou o revolucionário método do engenheiro escocês John MacAdam em que se utilizou o método «Mac- Adam» na estrada entre Lisboa-Porto. A partir de 1852, com Fontes Pereira de Melo operam-se grandes remodelações nos serviços de comunicações. Foram adquiridas novas carruagens francesas. Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Mala-Posta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda. Apesar do bom serviço que as diligências prestavam, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, em 1864, muito embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «Manuais do Viajante» da época.

Sobre a Vila Verde de Matos, além do antigo visconde da vila (que não conseguimos encontrar) o Prof. Carlos Orlando, de Óbidos, escreveu o seguinte texto: “ No arrolamento paroquial de 1320 - 1321, a paróquia de Santa Maria de Vila Verde vem citada no termo de Óbidos. Como indica o seu topónimo, seria uma vila agrária organizada nos primórdios da Nacionalidade, uma freguesia medieval, que foi ultrapassada na sua importância, pela actual freguesia de A dos Francos, na altura do estabelecimento de uma colónia franca no termo de Óbidos. A freguesia pertencia à Casa das Rainhas. Na sede de Vila Verde existia uma albergaria, que recolhia os caminheiros pobres, a quem se dava esmola. Na sede da povoação de Vila Verde de Matos, ainda há as ruínas de uma ermida numa quinta, que estava entregue a umas religiosas de S. Bernardo, possivelmente oriundas do Convento de Cós de Alcobaça.

” Se gosta de caminhar com gente de pensamento positivo e divertida venha juntar- se ao grupo no próximo passeio que se realizará em Cela a Velha, no concelho de Alcobaça. Este evento terá o seu ponto de encontro às nove horas, no último domingo de Maio, em frente à Casa de Cultura de S. Martinho do Porto ou na sede dos Pimpões.
 Manuel Correia 

Organização – GRUPO DE CAMINHEIROS DOS PIMPÕES parceria com Casa da Cultura José Bento da Silva com o contributo do Acrd de Santa Helena

129º Passeio pedestre Março 2012

As águas do Mosteiro ALCOBAÇA -  DOMINGO  25/MAR/2012



PERCURSO A PARTIR DO MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE ALCOBAÇA, COM RECONHECIMENTO PARCIAL DO SISTEMA HIDRAULICO DO MOSTEIRO, NA IGREJA, CLAUSTRO E COZINHA, DEPOIS PELAS RUAS D. PEDRO V E COSTA VEIGA ATÉ À ESCOLA AGRÍCOLA DE CISTER. ATRAVÉS DOS CAMPOS DA ESCOLA, ATÉ À ESTRADA DO CASAL DA ORTIGA E DAÍ PARA CHIQUEDA DE BAIXO. DEPOIS PARA CHIQUEDA DE CIMA, ATÉ ÀS NASCENTES DO ALCOA. PELA MÃE D’ÁGUA, JUNTO AO CANAL DA ÁGUA DO MOSTEIRO, PELA AZENHA ATÉ VOLTAR À ESTRADA DO CASAL DA ORTIGA. REGRESSO PELOS TERRENOS DA ESCOLA AGRÍCOLA E PELA LEVADINHA, ATÉ AO MOSTEIRO.


Organização  -  CASA DA CULTURA JOSÉ BENTO DA SILVA Tlf; 262 980 885 casadaculturasaomartinho@gmail.com

 GRUPO DE CAMINHEIROS DOS PIMPÕES - Caldas da Rainha

128º Passeio pedestre Fevereiro 2012

Salir de Matos 26 de Fevereiro de 2012


OS CAMINHEIROS DOS PIMPÕES NA FREGUESIA DE SALIR DE MATOS

 No último domingo de Fevereiro os Caminheiros dos Pimpões em parceria com a Casa da Cultura José Bento da Silva, de S. Martinho do Porto, madrugadores e entusiastas por mais uma higiénica e salutar actividade ao ar livre, o 128º passeio pedestre, ao alcance de todos e ao ritmo de cada um, lançaram-se à aventura, por pequenos carreiros e estradas de terra batida de Salir de Matos, antigo domínio dos Coutos de Alcobaça.
Esta freguesia com cerca de 3.000 habitantes distribuídos por vinte e sete lugares, orientada para nascente do Concelho das Caldas da Rainha, é essencialmente agrícola e está implantada numa área geográfica rodeada por montes e vales de uma encantadora e inebriante beleza.

A partida deu-se no largo em frente ao Centro Recreativo e Cultural, após uma breve visita guiada à Igreja Paroquial, cujo patrono é Santo António. Desfrutando de amplas vistas panorâmicas com paisagens de luzes e odores únicos em que os melros assobiam e os pardais pipilam alegres e despreocupados, inseridos num céu infinito de azul e brilhante, o grupo, serpenteando por entre vinhedos, pomares e pequenas matas mediterrânicas com mil cheiros, abandonou a sede de freguesia e caminhou em direcção aos lugares de Cabreiros, Casal Clérigos, Guisado, Teixeira, Casais da Ponte, Quinta da Loira, Casais Vale Souto, Casal de Matos e Casais das Almoinhas.

 Sobre o seu passado histórico não podemos deixar de incluir o belo texto redigido pelo ilustríssimo filho da terra, Dr. Carlos Querido, que transcrevemos:

“No ano de 1153, D. Afonso Henriques doa aos Monges de Cister uma vasta região que durante quase 700 anos permanecerá sob jurisdição desta Ordem, sedeada no Mosteiro de Alcobaça, até ao ano de 1834. Nessa doação se integra o território da futura vila e concelho de Salir de Matos. 

A primeira referência a esta terra surge numa bula do Papa Honório 3.º, datada de 1227, onde é descrita como “Granja”, com o nome de Selir do Mato, tendo recebido o primeiro foral (carta de povoação e foro) no ano de 1321, que consistiu num aforamento colectivo, através do qual o Mosteiro entregava a terra a 25 famílias de povoadores, em troca de um tributo correspondente a “o quarto de todos os frutos (…), e o quinto do vinho e do azeite e da fruta”, a que acresciam os direitos de fogaça e casaria, correspondentes a um alqueire de trigo e uma galinha por ano, por cada casa. As terras do Mosteiro eram designadas “Coutos de Alcobaça”, sendo o seu limite sul o Rio de Salir, abrangendo após a doação de Paredes por D. Fernando (1368), uma região de 440 Km², com treze vilas, dois castelos e três portos de mar. 

Em 1514, Salir de Matos recebe novo Foral, que confirma o anterior. 
Era vila e concelho, com uma organização administrativa constituída por um juiz, dois vereadores, procurador do Concelho, escrivão da câmara, almotacil e meirinho, sendo a sua sede dotada de casas de audiência, edifício da câmara, cadeia e pelourinho, tal como a descreve Frei Manuel de Figueiredo numa visita realizada em 1780. 

A Igreja de Salir de Matos foi construída no ano de 1566 por decisão do Cardeal D. Henrique, que era nessa data Comendatário do Mosteiro, pagando a povoação ao vigário, por ano, 60 alqueires de trigo, um tonel de vinho, e cinco mil réis em dinheiro, a que acresciam mil réis pelo ensino da doutrina. 

No ano de 1836, Salir de Matos foi reduzido à condição de freguesia e integrado no Concelho de Caldas da Rainha. 
O Rio de Salir era navegável, existindo muitas referências escritas ao Porto do Formigal, que se situava em frente da Capela de Nossa Senhora da Piedade, construída em data anterior a 1630, por Gaspar Garcês, cavaleiro professo da Ordem de Cristo.”

Pelo fim da manhã, mais um passeio pedestre dos Pimpões, com grau de dificuldade média e circular como os anteriores, concretizou-se (com o precioso apoio da Junta de Freguesia, Centro Recreativo e Cultural e de um simpático grupo de voluntários) em duas horas e trinta minutos, numa extensão de cerca de dez quilómetros, por um grupo de cento e vinte pessoas.

 Se deseja manter-se em boa forma física e com muita saúde, venha participar no próximo passeio pedestre e contactar com as águas que abastecem o Mosteiro de Alcobaça, no último domingo de Março. Esta actividade terá o seu ponto de encontro às nove horas em frente à sede dos Pimpões, à mesma hora, junto à Casa da Cultura de S. Martinho do Porto, ou às nove e meia em frente ao Mosteiro.

 Texto – Manuel Correia

127º Passeio Pedestre Janeiro 2012

Serra da Pescaria e S. Gião Domingo 29 janeiro 2012 

Caminhada na Serra da Pescaria e S. Gião

Esteve linda a manhã do último domingo de Janeiro. Caiu geada, mas o sol brilhou logo pela manhã e rapidamente aqueceu toda a paisagem - e se ela era bonita na Serra da Pescaria, onde 92 valentes pessoas e 1 cão abandonaram a cama quentinha e juntaram-se para caminhar e apreciar as belezas que o tempo, limpo e luminoso, deixava ver até onde os olhos conseguiam.

Percorreu-se a cumeada da Serra da Pescaria, por um velho caminho na vertente este, em direção a norte. A paisagem do troço do vale tifónico de Caldas, aqui, onde antes existiu a lagoa da Pederneira, era fantástica, com uma bruma transparente que se estendia como véu diáfano ao longo do vale, alimentado pelo vapor das chaminés da fábrica de aglomerados de madeira, em Famalicão.

Voltámos depois para a vertente oeste, com a paisagem soberba do mar azul a perder de vista e o calcário bege do promontório da Nazaré, iluminado pelo sol nascente, que também exaltava de branco o casario da cidade. Iniciámos a descida para o velho casario da Serra da Pescaria, agora já muito reformado com algumas casas grandes e as urbanizações que crescem e se sobrepõem, parecendo querer esmagar-se a si próprias… em contraste absoluto com o velho aglomerado.

Recebidos na bela casa de Alicia e Roland Filarski, casal de artistas holandeses que escolheram o nosso país e a Serra da Pescaria para viver, saboreámos chá, café e bolinhos e pudemos abastecer-nos com uma garrafinha de água e uma peça de fruta para o caminho.

E o caminho descia ali mesmo, à porta dos Filarski, para o que resta da Fonte do Povo, antigo abastecimento de água à povoação, onde, fugindo à lama, passámos depressinha para o outro lado da vertente da colina, onde passámos em túneis de vegetação fresca, até se abrir de novo a paisagem soberba do mar.

E por ali fomos, descendo pelos caminhos escavados pela chuva de outras estações, até descermos ao vale verde da Quinta de S. Gião, entalado entre as dunas e a serra, composto por parcelas verdes de couves em diferentes fases de crescimento, à volta do ainda imponente casario com palmeira centenária, embora abandonado e em degradação.

Alguns metros ao lado, um quase cubo, metálico, estranho e alienígena, esconde e abriga uma das igrejas mais velhas de Portugal e da península Ibérica: A Igreja Visigótica de S. Gião.

Construída segundo as regras ditadas pelo IV Concílio de Trento, no século VII, manteve-se até hoje depois do seu abandono pelos religiosos, porque recebeu uma nova função prática, que obrigava à sua manutenção: foi celeiro e curral de animais da Quinta de S. Gião, até meados do século XX, quando Eduíno Borges Garcia a identificou.

Com as paredes a ameaçar ruína, recebeu uma estrutura metálica que a segura por dentro e por fora e uma cobertura que a protege das intempéries, enquanto, há vários anos já, espera pela intervenção que a há-de colocar em condições de ser visitada e apreciada.

O local é excelente e permitiria soluções turísticas interessantes, relacionadas com turismo rural, com vertente agrícola, pois os solos da quinta são muito ricos e rentável a sua exploração. Seja qual for a solução, todos ansiamos pelo dia em que possamos, livremente, visitar a Igreja Visigótica de S. Gião, livre de amarras e coberturas estranhas, de pé, pelo seu pé.

Continuámos, então, em direção a sul, ora bordejando os campos cultivados, lavrados ou em pousio, cheios das flores amarelas das azedas, que já nos anunciam a primavera, ora pisando o caminho de areia das dunas que protegem este pequeno paraíso agrícola, até que, acabado o vale da quinta, começámos a subir os caminhos de pedra e argila que nos haviam de levar ao alto do moinho, novamente com vistas soberbas para o mar e a Nazaré.

Chegados ao fim do percurso circular, fomos todos procurar o almoço que o estômago reclamava já… uns para suas casas e 20 felizardos para o restaurante Raposa onde nos esperava pãezinhos caseiros e broa de milho, cozidos ali mesmo no forno de lenha do restaurante, mais uma sopa reconfortante e um divinal ensopado de borrego, com o saborzinho que só em casa da mãe se obtém, acompanhado com um vinho tinto que acentuava todos os sabores… e a mim ainda me calhou uma tarde de maçã feita no mesmo forno de lenha.

Depois disto, só um filme “visto” a partir do sofá lá de casa, com as pernas estendidas…
Para o mês que vem há mais, na manhã do último domingo, como é habitual, desta vez em Salir de Matos.

Cipriano Simão 29/01/2012

Programação de caminhadas para 2012

Caros amigos caminheiros, espero que tenham iniciado bem este ano e que todos consigamos remar contra a maré (negra) que se avizinha. Coragem, paciência, determinação, capacidade de resistência e Esperança certamente constituirão significados-chave para levarmos a melhor os tempos que se avizinham.

E caminhar, caminhar com conta e medida, sobretudo em grupo, ajuda! Ajuda o físico, espevita o espírito e amplia a caixa toráxica. Este ano fica desde já a promessa: nas caminhadas haverá mais subidas que descidas, ah pois! nas caminhadas é assim ... já basta as descidas na economia e nas finanças.


Informo que esta definida a  programação para 2012. >

Ela tem as características usuais ie as caminhadas ordinárias ( de gente extraordinária ) são mensais, regra geral, alternando concelhos, sobretudo Caldas da Rainha e Alcobaça mas com alguns "raids" pelo Bombarral, Cadaval e Lourinhã.

Não faltarão também as caminhadas extra-ordinárias de gente extraordinária. Iremos ter a já tradicional caminhada ao luar mas este ano vamos propor um novo desafio:  caminhada ao nascer do sol, veremos quantos "inimigos da cama" conseguiremos reunir?...

Sem mais delongas continuação de Bom Ano para todos!

Um abraço, Ricardo Oliveira